quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Jenny Holzer

Ontem eu escrevi sobre os desenhos de William Lamson e hoje levantei com vontade de falar de uma artista fabulosa. E para minha surpresa achei este vídeo dirigido por Marcello Dantas na ocasião de sua exposição no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro em 1999. (fico feliz de compartilhar estes vídeos com quem já conhece e quem não conhece o seu trabalho)

Estou falando da artista que trabalha com frases (desenhos) em diversas plataformas/suportes, trazendo ao público uma indagação ou simplesmente uma reflexão momentânea.
Seu nome: Jenny Holzer, nascida em 1950 em Ohio (E.U.A.), é possivelmente uma das artistas que de forma mais marcante interveio no espaço público e urbano nas últimas décadas, em particular porque assumiu uma forma de confronto e controvérsia – considerando que o espaço urbano moderno era explorado quase unicamente com fins publicitários/comerciais (no domínio da comunicação), Holzer pretendeu que as pessoas começassem a deparar-se também com mensagens escritas imbuídas de forte carga poética, social e mesmo política, veiculada também por um cuidado minimalismo estético, procurando o choque, a comoção e a reflexão.

"A artista usa um tom de autoridade anônima, que inevitavelmente se compara a uma forma de voz divina omnipotente e omnipresente, e que se traduz numa atitude inequivocamente manipuladora, de controle do público – quer esteja num museu, no numa esquina de uma rua –, forçando as pessoas a parar, olhar e pensar. Mais do que isso, essa voz anónima assume-se como um gigantesco ‘dedo sobre a ferida’. E esse é um conceito admirável, uma vez que é uma intrusão violenta no espaço íntimo e secreto de cada indivíduo, forçando-os a um ‘olhar para dentro’ habitualmente desconfortável num espaço quotidiano de rotinas e impessoalidade que é o espaço urbano público".
Bem, ninguém melhor do que ela para falar de sua própria obra.






Aniston/nest_outubro_2008.

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